O piloto paranaense que está em seu segundo ano como piloto reserva da Aston Martin na Fórmula 1, acrescentou alguns compromissos adicionais em sua agenda em 2024, permitindo-o integrar a corrida que é uma das jóias da Tríplice Coroa. ‘Drugo’ também faz o campeonato da European Le Mans Series, além de ser ‘figurinha fácil’ em testes da Fórmula E.
Falando ao site The Race, Drugovich reiterou sua perseverança em conquistar uma vaga na F1.
“Não posso reclamar. Há oportunidades, mas você precisa estar no lugar certo e na hora certa. Então, ainda não está terminado. Veremos!”
“Eu vou à maioria das corridas, diria que de 24, vou para 14, 15. Há o simulador também antes de cada corrida que vou, em uma corrida fico com os engenheiros apenas ouvindo cada relatório e coisas assim.”
Sobre o que a Aston Martin oferece ao brasileiro, ele se mostrou muito satisfeito.
“Para ser justo, hoje em dia é muito difícil se comprometer com uma equipe e saber o que vai acontecer. Mesmo que você ganhe a F2, você não tem certeza se vai estar lá.”
“Acho que você precisa olhar para a equipe que vai fazer o melhor para você, e com certeza a Aston me deu até agora tudo o que eu poderia pedir, para ser justo: testes, sessões de TL1, me levando pelas corridas só para aprender…”
Drugovich mostra que prefere não lamentar as oportunidades que não chegam a ele, mas mostra boa compreensão sobre o cenário atual da F1.
“Acho que antes era outra era, então eles [pilotos consagrados na F1] pararam muito antes. E então chegou a outra era, em que as pessoas estavam com dificuldades com dinheiro e normalmente os jovens pilotos tinham orçamento.”
“As equipes têm dinheiro e os pilotos estão esperando para sempre. Então, é difícil para quem está entrando. Os dois últimos vencedores [de título] da F2 não estão na F1, e não sei se o campeão deste ano também estará lá.”
“É algo que eles precisam consertar. Mas, é o que é. Não há lugares suficientes, nem pessoas suficientes saindo da F1. Você não pode culpar muito as equipes também, porque é um risco que eles não precisam correr agora.”
“As equipes agora têm orçamento, os pilotos estão aguentando mais, há muito poucos carros na F1 em comparação com o que havia no passado – 24-26 há muito tempo, agora são apenas 20. Então, temos todos esses fatores junto.”
Muitos acreditam que seria melhor para Drugovich apenas desistir da F1 e rumar para outra categoria, brigando por vitórias e títulos, mas o piloto se mostra durão em relação aos seus sonhos.
“Houve algumas oportunidades de pilotar por equipes muito boas em outras categorias”, admitiu. “Mas eu simplesmente não sentia que era o momento certo. Eu poderia fazer isso daqui a um ano, mas não teria outra oportunidade de esperar pela F1.”
“No momento, acho que foi a coisa certa. Só focar um pouco mais na F1. E realmente estar 100% focado nisso. Porque posso fazer outras coisas e ainda ter um pé lá, mas se você não estiver lá tipo pelo menos 10-15 [etapas], mostrando-se, não é suficiente.”
“Eu leio o Twitter”, continuou. “Eu sei o que as pessoas dizem.”
“E eu não dou a mínima para isso. Porque as pessoas não sabem quanto comprometimento existe para chegar à F1 desde que eu era criança. E não posso simplesmente desistir tão facilmente.
“Acho que você precisa esperar e ver o que vai acontecer. Mas, no momento, estou feliz comigo mesmo, estou feliz onde estou, estou correndo, estou me divertindo, ainda gosto muito da F1, então acho que é uma coisa boa”, concluiu.
Fonte: UOL
Foto: Motorsport
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