Durante os últimos meses nos acostumamos a ver o prefeito de Belém, rosto contrito, cara de sofrimento, anunciando medidas de isolamento e seu relaxamento nas redes.
Ontem, essa máscara caiu.
Fotos tiradas por veranistas em Salinas mostram a gargalhada do Prefeito de Belém Zenaldo Coutinho, do seu preferido à disputa municipal, deputado Cassio Andrade, e mais uma meia dúzia da turma de sempre.
Ninguém sabe o motivo de tanta alegria no domingão de sol, já que Zenaldo amarga impopularidade recorde à frente da Prefeitura de Belém.
A patota estava toda sem máscara, curtindo Salinas como se não houvesse amanhã.
O problema da foto é a moldura: uma pandemia, dezenas de milhares de infectados, milhares de mortos.
A falta de empatia que embala a elite brasileira encontrou mais um símbolo na cara de galhofa de Zenaldo, que ainda garantiu para si o que proíbe para os mais pobres; que não têm dinheiro, nem carrão pra ir a Salinas.
O escárnio chamou a atenção até da mídia nacional – a revista Época noticiou o péssimo exemplo do político.
Estar sem máscara numa área pública, promovendo aglomeração, mostra uma falta de respeito enorme com as famílias dos belenenses mortos pela Covid-19.
Muitos, inclusive, porque Zenaldo fechou as portas de Upas e Pronto-Socorros quando o sistema municipal de saúde entrou em colapso.
O prefeito sentiu.
No final da tarde fez um vídeo numa praça qualquer da capital em que dizia estar “vistoriando obras”.
Mas as fotos de Salinas já rodavam há horas no facebook e whatsapp.
Sobre a cena zombeteira, Zenaldo não deu um pio. Nem para pedir desculpas.
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